PLANOS DE AULAS


Postado por professora: Mauricéia Ap. de Aquino Luqueto


Texto: AVESTRUZ (MÁRIO PRATA)

Público-alvo: 6º ano EF
Tempo previsto: 4 a 6 aulas
Recursos: cópias do texto; imagem do avestruz
Tema abordado: Animais de estimação exóticos e diferentes
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Objetivo geral:
  • Leitura e compreensão do texto “Avestruz”;
  • Reconhecer o tema discutido na crônica;
  • Características e Interpretação de Crônica Narrativa;
  • Contextualizar com a realidade vivida pelo personagem.
Objetivos específicos:
  • Localização e comparação de informações;
  • Ativação de conhecimentos prévios; checagem de hipóteses;
  • Elaboração de apreciações estéticas e afetivas;
  • Produzir inferências locais e globais;
  • Percepção de outras linguagens.
Justificativa:
  • Levar o aluno a comparar e identificar o gênero de uma tipologia narrativa.

Procedimentos Metodológicos:  

1- Discussão oral com os alunos

a) Levantar hipóteses e conhecimento prévio sobre o animal “Avestruz”:
  • Você tem algum animal de estimação?
  • Qual animal?
  • Você já viu um avestruz de perto? É um animal arisco? Ou mais manso? (Mostrar uma imagem do avestruz).
b) Checagem de conhecimentos sobre o gênero:
  • O que vocês sabem sobre crônica?
  • Qual a estrutura desses textos?
  • Onde são publicados? Quem são os leitores desses textos?
  • A crônica apresenta um fato do cotidiano. Quais trechos do texto comprovam essa característica?
Anotar na lousa as conclusões que fizeram com os alunos sobre o assunto discutido.

2-  Leitura em voz alta pelo professor

3- Interpretação de texto:
  • Você sabe por que os animais possuem nomes científicos?
  • Em sua opinião quais as desvantagens de ter um animal como um avestruz morando em apartamento? E qual a atitude do personagem depois de constatar essas dificuldades?
4-  Produção de crônicas e cartazes em grupo: 
  • Elaboração de uma crônica sobre um animal de estimação em grupo ou em fileira (o primeiro começa e o restante continua). 
  • Produção de  um cartaz com a imagem do animal de estimação que escolheram e a produção da crônica ;
  • Apresentação para a classe e exposição no mural.
Avaliação:
  • Elaboração de uma crônica sobre um animal de estimação em grupo ou em fileira (o primeiro começa e o restante continua); 
  • Produção do cartaz com a imagem do animal de estimação que escolheram e a produção da crônica;
  • Oralidade.
Orientar os alunos a escrever a crônica com os elementos da narrativa e uma crítica:
  • O quê aconteceu?
  • Com quem aconteceu?
  • Em que lugar aconteceu?
  • Quando aconteceu?
  • Que crítica irá fazer com relação a um acontecimento do cotidiano?
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Avestruz ( Mario Prata)

O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa uma avestruz? Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por deus. Colocou um pescoço que não tem
absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que logo depois, Adão, dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os setenta anos e se reproduzem plenamente até os quarenta, entrando depois na menopausa, não têm, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem gerar de dez a trinta crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto num psicólogo. Afinal, tenho mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.

PRATA, M. Avestruz. 5ª série/ 6º ano vol. 2. Caderno aluno p. 9. Caderno do Professor p. 18
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                                                                                  IMAGEM DO AVESTRUZ





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Postado por professora: Mirian de Oliveira Vieira Soares

Texto: MEU PRIMEIRO BEIJO (ANTONIO BARRETO)

Público alvo: 7º ano EF
Tempo previsto: 4 a 6 aulas
Recursos e materiais tecnológicos:
  • Cópias do texto “Meu primeiro beijo” de Antonio Barreto; 
  • Dicionário para tirar dúvidas de palavras desconhecidas;
  • Cena do filme “Meu primeiro amor”;
  • Laboratório de Informática para pesquisa referentes aos termos científicos.
Temas abordados:
  •  Sexualidade (as primeiras impressões e sensações);
  •  Contatos e relacionamento com o sexo oposto.
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Objetivo Geral:
  • Ampliar o repertório literário do aluno;
  • Reconhecer o gênero em estudo;
  • Estudo do gênero relato de experiência vivida;
  • Elementos da narrativa;
  • Produção de um relato de experiência vivida.
Objetivos especificos:
  • localizar e comparar informações; produzir inferências locais e globais; percepção das relações de intertextualidade e interdiscursividade; percepção de outras linguagens; elaboração de apreciações estética ou afetiva; elaboração de apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos.
Justificativa:
  • Os alunos têm dificuldades de reconhecer a narrativa dentro do relato;
  • Trabalhar com texto que se aproxima da realidade do aluno, fazendo que conheça o gênero relato,reconhecendo os elementos da narrativa, narrando um próprio texto vivido.
Procedimentos metodológicos:
1- Leitura coletiva integral do texto proposto.
2- Discussão oral sobre o tema:
  • Vocês já conheciam esse texto?
  • O que acharam dele?
  • Qual é o tema tratado no texto?
  • Quais os principais acontecimentos da história?
3- Interpretação de texto:
1- Qual a maneira utilizada por ele para impressionar a garota?
2- Como ela reagiu ao ler o bilhete? Por quê?
3- Você utilizaria desse mesmo método para impressionar alguém que você estivesse interessado? Por quê?
4- O que o texto e as cenas do filme que você assistiu têm em comum?
5- Que características psicológicas do menino as palavras cientificas nos revelam?
6-  Leia atentamente o texto e identifique a idade das personagens. Você acha que eles deram o 1º beijo muito cedo? Muito tarde? Ou na idade correta?
Avaliação:
  • Produção de um relato de experiência vivida;
  • Produção de cartazes com poemas, imagens e textos sobre a experiência do "primeiro beijo"( em grupo).
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Meu Primeiro Beijo (Antonio Barreto)

É difícil acreditar, mas meu primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...

Não sei se numa aula de Biologia ou de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:

" Você é a glicose do meu metabolismo.

Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda: Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês, pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70 para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva, nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250 bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos, seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas coladas, por alguns segundos.
E de repente o ônibus já havia chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal. Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio. Meu primeiro beijo. Balada do primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.

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CENA DO FILME: MEU PRIMEIRO AMOR







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