terça-feira, 4 de junho de 2013

Depoimentos


"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história".Bill Gates




Nossas experiências...


Professora: Mirian Soares
Meu pai estudou até a 2ª série e minha mãe até a 4ª série do Ensino Fundamental. Não tive influência na leitura através deles, mas lembro do meu pai contando histórias como a do "Três Porquinhos", "Chapeuzinho Vermelho", "O Pé de Feijão" e a que mais me fascinava, "João e Maria". Eu gostava tanto de ouvir essa história porque meu pai acrescentou três cachorrões que devoraram a velha, mudando totalmente o enredo, e eu ficava imaginando a cena! 
Em toda a minha vida escolar só me lembro de dois livros que li: "Uma rua como aquela" de Lucila Junqueira de Almeida Prado e um outro que não lembro o nome. 
Sinceramente eu não gostava de português e nem de ler. Somente depois que comecei a lecionar no cargo de Língua Portuguesa é que passei a gostar da disciplina e também de ler. E hoje eu digo que adoro ler!!! 
Depois que eu descobri que "...o livro abre para novos mundos, ideias e sentimentos novos, descobertas sobre nós mesmos, os outros e a realidade..." de acordo com Marilena Chauí e também que nos traz "... a possibilidade de ir a outros países, conhecer outras civilizações, pessoas, ver como elas viveram, o que pensaram, descobriram..." conforme Newton Mesquita, tento influenciar os meus alunos para que descubram isso logo, não demorem como eu demorei!!

Professora: Mauricéia Aparecida de Aquino
Gostei muito dos depoimentos que li. Assim como Contardo Calligaris relatou a leitura nos dá a liberdade de sonhar , conhecer novos lugares e entender o nosso cotidiano. Na minha infância não tive muito contato com livros. Era somente na escola, depois na 5ª série comecei a emprestar livros da biblioteca, mas não eram muitos. Foi no Ensino Médio que me interessei mais, adorava aquelas leituras de capítulos de alguns livros e que em outra aula, saberíamos o final. Muitos clássicos também foram vistos nesta época.
Procuro incentivar a minha filha a gostar dos livros. Ela brinca de ser contadora de histórias. Hoje vem dela minha iniciativa de ler livros, quero que conheça esse mundo da leitura mais cedo do que eu.

Professora: Mayli Miriã Santana 

Boa tarde! Lembro-me muito bem do dia em comecei a entender como as sílabas se formavam e delas resultavam-se as primeiras palavras, que com muita dificuldade, começava a lê-las com um pequeno assombro. Com muita paciência minha professora ia ministrando as aulas, ainda com cartilha, ver como as palavras se organizavam nas pequenas frases era fascinante. Foi assim meu primeiro contato com a leitura e escrita.

Professor Maurício Frutuozo de Siqueira:

Desde cedo, os livros me atraíam, mesmo não sabendo ler ainda. Meus pais não tinham o hábito de ler, nem de ter muitos livros em casa, mas sempre alguma coisa era lida. Quando entrei na escola, minhas expectativas aumentaram gradativamente. Logo no primeiro ano escolar, na então chamada 1ª série, minha professora Ivone nos proporcionava momentos mágicos com a leitura. Ele lia histórias e depois tínhamos que ilustrar o que ouvíamos e imaginávamos. Era muito divertido. 

No entanto, no ano seguinte, na 2ª série, apareceu uma outra professora que me marcou em relação à leitura e à escrita e despertou em mim e em meus colegas de classe algo ainda maior: a sede por esperar o momento da leitura. O nome dela era Rosana. Durante o ano, ela nos passou a História da Dona Baratinha (aquela que tinha fita no cabelo e dinheiro na caixinha e que escolhia um pretendente), uma situação da personagem a cada três ou quatro semanas, o que gerava em todos nós, especialmente em mim, uma grande expectativa em relação à próxima situação da protagonista. A professora colocava cada situação da história num papel pardo que ficava na sala até a outra situação ser apresentada à classe. A cada situação aprendíamos muito tanto na leitura quanto na escrita. Todos nós queríamos ler a história, que inicialmente era lida pela professora. Na escrita, aprendíamos a pontuação e ortografia, o uso do discurso direto e indireto, entre outras coisas. Era encantador!

Esses momentos me marcaram porque foram o começo das minhas experiências com leitura e escrita e que nunca mais esquece e tento passar a meus alunos. Depois disso, outros momentos apareceram, inclusive agora como professor.

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